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O Lago Mapiri/Papucu está eutrofizado?

  • Foto do escritor: Prof. Daniel  Fernandes
    Prof. Daniel Fernandes
  • 27 de mai.
  • 2 min de leitura






A eutrofização de lagos refere-se ao processo de enriquecimento excessivo de nutrientes, principalmente nitrogênio e fósforo, que leva a um crescimento descontrolado de plantas e algas, alterando o ecossistema aquático. 

 

Ocorre quando lagos e outros corpos d'água recebem uma quantidade excessiva de nutrientes, geralmente devido a fontes antropogênicas (ações humanas), como o despejo de esgotos não tratados, utilização excessiva de fertilizantes agrícolas, efluentes industriais, e outros. 

 

A eutrofização causa a diminuição da qualidade da água, o crescimento descontrolado de algas (floração), redução da transparência da água, diminuição do oxigênio dissolvido, morte de peixes e outros organismos aquáticos e alteração da composição do ecossistema. 

 

A longo prazo, a eutrofização pode levar à degradação do lago, tornando-o menos útil para atividades recreativas, pecuária e turismo. Para evitar a eutrofização, é importante controlar o despejo de esgotos e efluentes industriais, utilizar fertilizantes de forma consciente, promover a recuperação de matas ciliares, e adotar medidas para melhorar a eficiência do tratamento de águas residuais. 

 

 

 

Conheça um pouco mais sobre o Lago do Mapiri/Papucu

 

Em estudo desenvolvido por Diego Maria Zacardi (UFPA) no ano de 2017, informa que o sistema de lagos Mapiri e Papucu, localizados no oeste da cidade de Santarém, na margem direita do Rio Tapajós, mesorregião do Baixo Amazonas, Pará estão situados em um campo alagadiço, que ocupa uma área de 500.000 m², são formados e possuem como único afluente, o igarapé Irurá, que nasce na serra do Piquiatuba e deságua na região dos lagos, mantendo-os perene mesmo durante o verão, porém, são anualmente invadidos pela enchente anual do Rio Tapajós.

 

O lago é utilizado para pesca de dezenas de pescadores artesanais, observado que a maioria dos pescadores utiliza a malhadeira (88%) (rede de espera ou de emalhar) como principal e mais importante arte de pesca, seguida pela distribuição percentual em ordem decrescente de importância, pelo caniço (70%), tarrafa (25%) anzol (20%) e o arco e flecha (5%).

 

As principais espécies citadas, que possuem preferência nas capturas locais foram os jaraquis (Semaprochilodus insignis e S. taeniurus), os aracus (Leporinus sp. e Schizodon sp.), os pacus (Myleinae), os charutinhos (Hemiodus sp.), os curimatás (Prochilodus nigricans), os caratingas (Ciclidae), os tucunarés (Cichla spp.), as jatuaranas (Brycon sp.), branquinhas (Curimatidae), sardinhas (Triportheus spp.) e apapás (Pellona spp.), algumas delas com altos valores de venda. Destacam-se os jaraquis, pacus, aracus e charutinhos citados por todos os pescadores como recursos explorados, por serem bastante apreciados pela população local e apresentarem importância comercial.

 

A comercialização do pescado ocorre “in natura” (fresco, inteiro ou eviscerado) de forma direta ao consumidor final, sem intermediários, devido à ausência de um entreposto pesqueiro, barateando o preço final do pescado. Essa venda é realizada nas próprias embarcações, nas residências e em pontos comerciais distribuídos no bairro do Maracanã, geralmente por meio de cambada (composta por quatro a dez peixes de pequeno porte - jaraquis (S. insignis e S. taeniurus), pacus (Myleinae) e sardinhas (Triportheus spp.) - agrupados e amarrados a uma fibra vegetal ou corda que passa pela abertura opercular), por quilo ou unidade, dependendo do peixe.

 

De sua opinião nos comentários, entendemos ser importante para iniciarmos um debate sobre o tema.

 

 
 
 

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